Aprendendo da História dos Avivamentos

Frans Leonard Schalkwijk

Estamos vivendo numa época em que muitos membros das nossas igrejas oram: "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos."(1) Talvez não se expressem exatamente com estas palavras, mas de fato almejam um avivamento autêntico. Outros se arrepiam imediatamente quando ouvem falar do assunto. Não é que não queiram que as igrejas sejam vivas e dispostas para a obra do Senhor; ao contrário. Mas avivamento? Já passamos por tanta confusão, tribulação e separação amarga. Não seria melhor evitar o assunto? Neste artigo estudaremos um pouco da história para ver se podemos descobrir algumas lições para os dias de hoje. Não é possível repetir a história, mas podemos aprender com ela.

As nossas igrejas no Brasil foram plantadas por missionários da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Nesse país também houve várias épocas de avivamento com bênçãos e problemas incontáveis. Vamos perguntar à nossa mãe espiritual: "Conte, mamãe, como é que foi?" Voltemos, então, para a época que entrou na história como o "Grande Despertamento" (Great Awakening, 1739-1745).

I. O Presbiterianismo na América do Norte

O Brasil foi descoberto em 1500. Foi na época em que Portugal e Espanha começaram a navegar pelos oceanos e fundar o seu império ibérico. Somente um século mais tarde nações protestantes começaram a zarpar pelos oceanos, depois que foi quebrada a espinha dorsal marítima da Espanha com a derrota da sua Armada (1588). A Inglaterra implantou colônias na América do Norte, sendo Virgínia a primeira (1607), com a Igreja Anglicana como a igreja oficial.(2) Os holandeses fundaram Nova Amsterdã (1614) com sua Igreja Reformada (mas os ingleses capturariam a colônia cinqüenta anos depois, rebatizando-a como Nova York). Os "Pais Peregrinos" foram para o nordeste do continente (1620) e estabeleceram fortes colônias congregacionais.

Por volta de 1700 havia muitas famílias presbiterianas espalhadas por todas as colônias, especialmente escocesas-irlandesas, e em 1701 um jovem pastor do nordeste da Irlanda, Francis Makemie, iniciou o seu trabalho itinerante de Nova York até as Carolinas.(3) Ele é considerado o "pai do presbiterianismo americano," tendo organizado igrejas e até consagrado ministros. Era um homem preparado para o trabalho de Deus: conversão clara, chamada consciente, visão ampla, santificação constante e disposição incansável. O Senhor abençoou o seu trabalho. Muitas igrejas foram organizadas e já cinco anos depois o presbitério reuniu-se pela primeira vez em Filadélfia. No ano seguinte, Makemie foi preso por ter pregado em Nova York. Ele defendeu o seu próprio caso, que ficou famoso na jurisprudência sobre a liberdade religiosa. Foi absolvido, mas adoeceu gravemente devido à permanência no calabouço e foi promovido à glória. Porém, o crescimento continuou e em 1717 organizou-se o primeiro sínodo. Foi adotada a ordem eclesiástica da Escócia, e também o seu selo e lema: Nec Tamen Consumebatur.(4)

Apesar do crescimento numérico das igrejas em geral, a situação religiosa nas colônias não era boa. Muitos colonos viviam longe das igrejas e, pior ainda, da Palavra de Deus. Nos lares crentes de fato havia leitura bíblica e o catecismo era decorado, mas por outro lado existiam muitos obstáculos à santificação, mormente a embriaguez... até entre pastores. É que os colonos eram pobres, e os preços dos produtos da lavoura muito baixos, a não ser que pudessem ser industrializados. Os escoceses sabiam fazer isto, só que não conseguiam vender o whisky a tempo. Nesse caso, o pastor podia ser pago em espécie e, chegando em casa depois de uma longa cavalgada numa tempestade de neve, era tentado a tomar uns tragos. E havia outros problemas. Portanto, não é de estranhar que algumas pessoas reconhecessem que a igreja precisava ser purificada para tornar-se realmente uma igreja puritana. E essa purificação devia começar com o corpo ministerial.(5)

Havia algumas escolas para preparação de pastores no nordeste americano, tais como Harvard e Yale, mas infelizmente nem sempre zelavam pela ortodoxia e pela ortopraxia. Além disso, as distâncias eram grandes e as despesas altas. Então, recorreu-se ao sistema conhecido na Irlanda do Norte, em que candidatos ao ministério eram treinados na casa de um ou outro pastor com o dom de mestre. Um desses foi o velho Rev. William Tennent, que preparou uns poucos jovens para o ministério sagrado, entre eles seus próprios filhos, no seu humilde "colégio de toras" (Log College).(6) O casal Tennent era um exemplo de piedade e o próprio George Whitefield, depois de visitá-los, comparou-os a Zacarias e Isabel. A sua oração diária era pela "purificação dos filhos de Levi."(7) A conversão era absolutamente necessária (inclusive para os presbiterianos) e essa conversão devia ser visível.

II. O Grande Despertamento, 1739-1745

Essa ênfase na pregação tinha sido (re)iniciada naquela região por "Dominie"(8) Theodore J. Frelinghuysen, o pastor de uma das Igrejas Reformadas holandesas, que eram muitas por causa da antiga colonização holandesa e que continuaram a crescer mesmo depois da conquista de Nova Amsterdã pelos ingleses.(9) Nesse sentido, o Rev. Theodore era herdeiro de uma ênfase do puritanismo holandês, que por sua vez tinha recebido muita influência do puritanismo inglês(10) não somente uma doutrina e fé bíblicas, mas também uma ética e comportamento bíblicos. Quando, pois, o jovem ministro Gilbert Tennent começou a pregar como o seu colega reformado (1733), isso não foi algo estranho ao puritanismo presbiteriano americano.(11) Ao mesmo tempo, o Senhor estava operando nas Igrejas Congregacionais do nordeste americano (1734) e algum tempo depois o Rev. Jonathan Edwards pregou o seu célebre sermão "Pecadores nas mãos de um Deus irado" (1741).(12) Na Inglaterra, a pregação de George Whitefield e de John Wesley levou muitas pessoas ao Senhor, e quando Whitefield fez uma campanha evangelística nas colônias (1739-1741), em dois anos mais de trinta mil pessoas foram ganhas, ou seja, 10% da população americana da época.(13)

Apesar desses resultados positivos, houve problemas humanos, como sempre ocorre quando o Senhor dá a sua bênção. Vários pastores não souberam controlar a sua língua. A gritaria de um certo James Davenport passou tanto dos limites, que até os seus correligionários o consideraram mentalmente fraco. O próprio Gilbert Tennent abusou da palavra. Em 1740 ele pregou uma mensagem com um título apropriado sobre os perigos de um ministério não convertido, mas com um vocabulário por vezes muito veemente, referindo-se aos colegas como "cães mortos" e outros termos negativos. Não era incomum o uso de linguagem violenta, mas o impacto do sermão de Gilbert foi mais amplo pelo fato de ter sido impresso.(14) Também puderam ser observados vários desvios teológicos, tais como: a Lei não se aplicaria aos crentes; se alguém não sabia quando estivera sem Cristo, não poderia ser considerado convertido; se alguém não sentia o sopro do Espírito Santo como um vento verdadeiro, seria um crente carnal. Algumas irregularidades contra a ordem presbiteriana também azedaram as relações eclesiásticas, já tensas por causa da frieza, zombaria e forte oposição dos tradicionalistas e de um certo radicalismo e farisaismo dos avivados, afetando ambos os grupos como um vírus maligno.

III. O Cisma Presbiteriano, 1741-1758

Infelizmente as tensões aumentaram tanto durante a época do Grande Despertamento, que ocorreram divisões no corpo de Cristo.(15) O cisma na Igreja Presbiteriana começou em 1741. No início do sínodo daquele ano um grupo de doze ministros apresentou um documento chamado "Protestação," que simplesmente declarava que os avivados não tinham lugar "neste concílio de Cristo." Sete dos "protestadores" pertenciam ao Presbitério de Donegal, que havia se tornado uma foco de oposição, e quatro deles deviam ser afastados do ministério por causa de problemas graves. Dizendo-se leais a Cristo, praticaram uma lealdade dúplice por causa do seu corporativismo.(16) Alegando apoio na Constituição Presbiteriana, pisaram o direito eclesiástico. O grupo de tradicionalistas ficou conhecido como a "Ala Velha" do Sínodo de Filadélfia, e os avivados como a "Ala Nova" do Sínodo de Nova York.(17)

A Ala Nova é mais conhecida por causa do seu trabalho evangelístico. Em primeiro lugar, pelo esforço missionário transcultural de homens como o Rev. David Brainerd, que nos deixou o seu conhecido diário.(18) Brainerd havia sido expulso do curso teológico de Yale por afirmar que um certo professor não tinha mais da graça de Deus do que uma cadeira. Depois da sua ordenação, David trabalhou incansavelmente durante quatro anos entre os indígenas, até sucumbir à tuberculose na casa do seu futuro sogro, o Rev. Jonathan Edwards. Poucos meses depois, a sua noiva Jerusha também faleceu vitimada pela mesma enfermidade (1748).

Menos conhecido, mas não menos importante, foi o trabalho de "missões nacionais" da Ala Nova. Samuel Davies, também formado num "colégio (teológico) de toras," implantou o trabalho presbiteriano na região de Richmond, na Virgínia (1747-1759), que resultou no primeiro presbitério do sul, o de Hanover (1755). Não somente pregou aos colonos europeus, mas também aos escravos africanos, que gostavam de cantar salmos em sua cozinha. No seu diário ele anotou que de vez em quando acordava com uma torrente de melodias celestiais. Davies teve o privilégio de batizar uns 150 deles. Nessa época, Jonathan Edwards, que era presidente do colégio teológico de Princeton, veio a falecer por causa da varíola. Davies foi chamado para substituí-lo, mas também faleceu depois de dois curtos anos. Colocaram no túmulo desse servo, que pregava como o embaixador de um rei poderoso, uma frase de um dos seus 600 hinos: "Inspira a minha alma, ó graça real, e toca meus lábios com fogo celestial."(19)

Um problema muito interessante era a tensão entre educação e missão. O fato era que as igrejas, congregações e pontos de pregação se multiplicavam, mas havia falta de pastores para atender aqueles vastos campos. Não é que os presbiterianos não tivessem visão, mas havia falta de obreiros por causa das rigorosas exigências na educação teológica, o que diminuia o número dos que podiam estudar. Mas os que conseguiam fazer o curso teológico saíam como homens bem preparados. Quando chegavam aos seus campos de trabalho, freqüentemente na então fronteira colonial, eram bem-vindos como pastores e também como professores, porque eram as pessoas mais educadas da comunidade. Os colonos pediam que o pastor ensinasse seus filhos.(20) Mas o bom era o inimigo do melhor, porque uma vez envolvidos no ensino diário, mal sobrava tempo para visitarem as congregações espalhadas, que às vezes perdiam o contato com a igreja presbiteriana e filiavam-se a outras denominações.(21)

IV. A Reunião, 1758

Depois de dezessete anos, as duas alas conseguiram restabelecer a paz. Uma das alavancas foi o sofrimento comum causado pela guerra contra os franceses. O restabelecimento da união também foi possível porque ambos os lados haviam permanecido presbiterianos na doutrina e os renovados não tinham rejeitado o batismo dos filhos da aliança.

Porém, o mais importante é que o clima havia se tornado mais ameno, basicamente por existir mais humildade nos dois lados. Os tradicionalistas ainda tinham certas restrições, mas reconheceram que de fato houve muitas conversões sinceras e permanentes. Também admitiram ser necessário que os pastores (e conseqüentemente os candidatos ao ministério sagrado), tivessem uma experiência religiosa, e não somente uma fé formal.(22) Os avivados, por outro lado, sentiam ainda um profundo desejo de pregar em todo e qualquer lugar, mas reconheceram que erraram algumas vezes ao invadirem campos pastorais de colegas tradicionalistas sem serem convidados, não respeitando assim as normas constitucionais. Também reconheceram que as suas línguas não haviam sido batizadas pelo Espírito Santo quando usavam certas expressões pejorativas ao referirem-se aos seus colegas. Insistiram que o avivamento era uma obra santa do Senhor, mas admitiram que houve falta de discernimento espiritual, pois os convertidos que apresentavam reações físicas (como arrepios, gritos, desmaios, etc.), mas sem os frutos do Espírito Santo, estavam seriamente iludidos. E a Lei do Senhor era sem dúvida uma norma de gratidão para a vida do crente convertido. As duas correntes uniram-se novamente, sendo o próprio Gilbert Tennent o maior defensor dessa reunião.(23)

Porém, a paz entre os dois grupos deve ter sido um pouco difícil, especialmente para os da Ala Velha, por causa da maioria numérica da Ala Nova. No começo do cisma os avivados eram uma minoria, mas cresceram muito durante os anos da separação.(24) Um pouco de estatística pastoral demonstra isto claramente: em 1741 a Ala Velha tinha 27 pastores e a Ala Nova 22; em 1758 a Ala Velha tinha 23 pastores e a Ala Nova 73.

De fato, foi como o historiador Trinterud afirmou: "Two sides, two tides" (duas alas, duas marés).(25) Mas qual teria sido a causa dessa diferença tão patente? Muito se tem discutido. A Ala Velha insistiu que os avivados tinham sido beneficiados pela imigração e fundos do Velho Mundo, mas assim também o foram os tradicionalistas. Talvez tenhamos de lembrar a distinção entre causas diurnas, patentes a todos, e causas noturnas, ocultas à maioria.(26) Embora a Ala Velha também tenha feito algo pelas missões nacionais, a "causa diurna" do crescimento maior da Ala Nova deve ter sido o trabalho evangelístico mais intenso e mais descentralizado dos irmãos avivados, as missões sendo sempre um índice preciso do avivamento autêntico.

E existiria ainda alguma "causa noturna"? Cremos que sim. O fato é que o avivamento real procura maior santificação em todos os setores da vida, começando pelo individual. Faltando essa característica essencial, o avivamento não passa de emoção litúrgica. Sem dúvida, no início a Ala Velha não reconheceu essa necessidade premente de santificação, focalizando suas críticas em aspectos mais circunstanciais. Dos doze "protestadores" que iniciaram o cisma expulsando os avivados, quatro tinham problemas morais e, no fim desse período, mais quatro, ou seja, ao todo dois terços do mesmo grupo! Em virtude do "corporativismo," os seus presbitérios faltaram com a disciplina fraternal. Sim, infelizmente a "causa noturna" mais provável por que o braço tradicionalista da Igreja Presbiteriana americana murchou até mesmo durante o "Grande Despertamento" foi a falta de santificação, santificação esta que é o alvo do Espírito Santo em cada efusão especial do poder do alto, para que a igreja seja testemunha no tempo e no lugar onde Deus a colocou na história.

V. Dia da Renovação da Aliança

Devemos ainda acrescentar um parágrafo sobre as lições espirituais que emanam desse período, à luz das Escrituras? Calvino certa vez disse o seguinte sobre aqueles que querem tirar uma série de aplicações de um texto bíblico: "A Escritura é frutífera em si mesma." Parece que as lições históricas neste caso são óbvias. E cada um de nós deve aplicá-las à vida, dependendo da nossa posição no processo histórico atual. Oremos para que aprendamos a andar em humildade, a fim de não perdermos o verdadeiro avivamento, não promovendo um avivamento pelo esforço próprio, nem rejeitando as bênçãos incontáveis da obra do Senhor.

"Avivamento" é uma palavra muito bíblica, significando reviver. Não deveríamos perdê-la por causa de abusos. O conceito de avivamento também é muito bíblico: retornar ao Senhor, humilhar-se e começar a ter uma vida purificada, produzindo mais frutos do Espírito Santo.(27) Não devíamos perder o conteúdo por causa de uma palavra. Se não quisermos usar a palavra "avivamento," para nós da tradição reformada uma expressão como "Renovação da Aliança" ajudaria muito a entender o que o Senhor quer de nós. Aquela súplica — "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos" — é uma oração ensinada pelo próprio Espírito Santo. E o Senhor nos convoca a renovarmos a aliança que ele estabeleceu conosco, renová-la em todos os seus aspectos. Um dia especial para enfatizar essa renovação da aliança pode ser para nós presbiterianos o dia do aniversário da nossa igreja, 12 de agosto. Ou talvez o dia de Pentecoste, o dia do aniversário da igreja universal. Mas, qualquer dia que seja, seria um dia de oração e jejum para que o Senhor não nos lance fora, ao contrário, nos use, não para o nosso próprio triunfalismo oco, e sim para a sua glória, para a salvação de muitos perdidos, e para a santificação e edificação da igreja, a fim de que ela seja sal da terra e luz neste mundo tenebroso, como é o desejo profundo de todo verdadeiro presbiteriano.

English Abstract

Brazilian churches long for revival, but many are afraid of it because of the abuses. Brazilian Presbyterian churches were planted by American missionaries, so we ask our mother: Please, tell us about your revivals, so that we may learn something from it for today. North American Presbyterianism passed through the period of the "Great Awakening" (1739-1745). The Lord used godly men as reformed Theodore Freylinghuysen, Presbyterian William Tennent (and sons), Congregational Jonathan Edwards and Anglican George Whitefield to bring the churches to their knees, many converts into the fold and deep reformation of society. But tensions arose because of coldness and mockery of the "Old Side" traditionalists and of radicalism and farisaism of the "New Side" revivalists. Many churches split. The presbyterian schism lasted for 17 years (1741-1758). Reunion became possible under the pressure of common suffering during the Indian wars, but was possible because both sides were more humble. Traditionalists recognized that pastoral candidates do need a personal religious experience and that God had given many true conversions in the other churches. Revivalists confessed that their tongues had not always been baptized and that they needed more spiritual discernment. The apparent cause of the vigorous New Side growth was probably their great mission effort. The deepest cause of the "withering of the old branch" was probably the lack of discipline among their ministers. Today our churches may need a "Day of Renewal of the Covenant," praying with rev. Samuel Davies of the Hanover Presbytery (1750): "Almighty grace, my soul inspire, and touch my lips with heavenly fire!"

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Notas

1 Habacuque 3.2 (Almeida Revista e Atualizada).

2 Para um resumo sobre religião na América do Norte, ver W. S. Hudson, Religion in America (New York: Scribner’s, 1993). Para o período colonial, ver W. W. Sweet, Religion in Colonial America (New York: Scribner’s, 1942).

3 Sobre Makemie, ver I. M. Page, The Life Story of Rev. Francis Makemie (Grand Rapids: Eerdmans, 1938).

4 Adotado pela Igreja Presbiteriana da Escócia em 1635. Os Estados Unidos tornaram-se independentes em 1776, e em 1789, o ano em que a França sangrava por causa da revolução, realizou-se a primeira Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos, incorporando muitos dos antigos huguenotes.

5 Assim também Philipp J. Spener, o grande líder do pietismo na Igreja Luterana da Alemanha, em seu famoso livro Pia Desideria ("desejos piedosos"), publicado em 1675.

6 Sobre Tennent e sua escola, ver M. A. Tennent, Light in Darkness: The Story of William Tennent, Sr. and the Log College (Greensboro, NC: Greensboro Printing Co., 1971).

7 Ml 3.3; absolutamente necessário, senão Deus amaldiçoará até as nossas bênçãos (Ml 2.2)!

8 Como eram chamados os ministros da Igreja Reformada Holandesa: dominie, do latim dominus, "senhor."

9 Sobre a posição oficial, o crescimento e os problemas dessas igrejas reformadas (inclusive depois da conquista de Nova Amsterdã pelos ingleses em 1664), ver Gerald F. De Jong, The Dutch Reformed Church in the American Colonies (Grand Rapids: Eerdmans, 1978).

10 Wilhelm Goeters, Die Vorbereitung des Pietismus in der Reformierten Kirche der Niederlande bis zur Labadistischen Krisis, 1670 (Amsterdam: T. Bolland, 1974).

11 L. J. Trinterud, The Forming of an American Tradition (Philadelphia: Westminster Press, 1949).

12 Jonathan Edwards, Pecadores nas Mãos de um Deus Irado, 3a. ed. (São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, c.1993).

13 Sobre Whitefield, ver A. A. Dallimore, George Whitefield, 2 vols. ([London]: Ed. Banner of Truth Trust, [1970]).

14 A. Alexander, comp., Sermons and Essays by the Tennents and their Contemporaries (Philadelphia: Presbyterian Board of Publication, [1855]).

15 Os congregacionais dividiram-se em "Old Lights" e "New Lights," os batistas em "Regulars" e "Separatists."

16 Se houve também uma dupla lealdade por causa de ligações maçônicas, não ficou claro até agora. Nesse século XVIII de racionalismo, a maçonaria era uma espécie de reação mística contra o árido deísmo. Começou em Londres em 1717 e trinta anos depois já era influente na colônia americana.

17 "The Old and New Side" do século XVIII não devem ser confundidos com "The Old and New School" do século XIX.

18 Ver Jonathan Edwards, A Vida de David Brainerd (São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 1993). Para essa biografia do seu genro, Edwards baseou-se em grande parte no diário de Brainerd.

19 "Almighty grace, my soul inspire, and touch my lips with heavenly fire."

20 Dessas escolas paroquiais nasceram instituições educacionais conhecidas, como a Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia.

21 Valeria a pena um estudo aprofundado sobre as congregações da IPB que foram perdidas.

22 Exigência incluída também na Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil, no seu Art. 32.

23 Cf. o seu sermão publicado, "Irenicum Ecclesiasticum" (1749).

24 O mesmo fenômeno de crescimento numérico ocorreu entre os congregacionais: na região de Boston havia nessa altura quase três vezes mais pastores avivados do que tradicionalistas.

25 Trinterud, Forming of an American Tradition, cap. 8: "The Withered Branch."

26 Ruy dos Santos Pereira, Piso e a Medicina Indígena (Recife: Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e Universidade Federal de Pernambuco, 1980), 23.

27 2 Cr 7.14. Existem muitos exemplos históricos, como Js 5, 24; 2 Cr 29-30; Ne 8, etc.